Sexto ano: Hebreus, Fenícios e Persas

Hebreus

Origem: De acordo com as escrituras sagradas, por volta de 1800 AC, Abraão recebeu uma sinal de Deus para abandonar o politeísmo e para viver em Canaã ( atual Palestina).

Localização: Região da Palestina, banhada pelo Rio Jordão.
Política: Patriarcas: sociedade com submissão da mulher ao homem; período marcado pelafragmentação política; Juízes:chefes militares com destaque para Sansão e Josué. fase de transição entre a descentralização e a monarquia; Reis: Monarquia Teocrática onde a origem do estado foi a luta militar contra cananeus e filisteus pelo controle da Palestina. Principais Reis: Davi e Salomão.
Êxodo: Libertação do cativeiro egípcio, liderados por Moisés que recebeu as tábuas das leis das mãos de Deus no Monte Sinai;
Diáspora: Divididos e fragilizados foram dominados por outros povos. Israel foi conquistado pelos assírios e Judá foi dominado pelos caldeus; provocada pelos romanos (Tito e Adriano) foi a destruição do Templo de Jerusalém e a dispersão dos judeus pelo mundo.
Sionismo: Movimento de retorno à terra prometida que só terminou em 1948 com a criação do Estado de Israel pela ONU.
Persas
Origem: Em torno de 1.500 a.C., tribos da Ásia Central conhecidos como tribos indo- européias, invadiram e ocuparam o atual planalto do Irã.
Localização: Oeste da Mesopotâmia.
Religião: Zoroastrismo: dualista (bem contra o mal) – Maniqueísta;
Ormuz e Arimã .
Características: Fusão de persas e medos em 600a.C; Economia agrícola; Camponeses pagavam altostributos; Comércio fácil (estradas, perto da fenícia); Poder nas mãos do Imperador; Satrapias (poder local) – fiscais do rei; Elite e sacerdotes – exploração dos trabalhadores e escravos;
Fenícios
Origem: Entre meados do 2º e do 1º milénio a.C., na costa do Mediterrâneo Oriental, desenvolveu-se a civilização fenícia. Organizada em cidades-estados e desenvolvendo o comércio marítimo, este povo foi responsável por uma das mais importantes invenções: o alfabeto.
Localização: Localiza-se em uma estreita faixa de terra situada entre o Mar Mediterrâneo e as montanhas do Líbano (proximidades do que hoje é o Líbano), na Ásia.
Características: Os fenícios se destacaram na arte da navegação; Na política, a Fenícia vivia em regime de monarquia. O rei era denominado Sufeta; na sociedade fenícia  não havia mobilidade social; Na economia, os fenícios se destacaram no comércio marítimo, construção naval, produção têxtil e metalurgia.

Sétimo ano: Absolutismo e Mercantilismo

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Conceitos Gerais

O Absolutismo foi uma forma de governo existente na Europa durante a época moderna (entre os séculos XVI e XVIII). Foi caracterizado pela concentração dos três poderes (Legislativo, Judiciário e Executivo) nas mãos do governante, com exceção da Inglaterra que teve diferente distribuição do poder (veremos isso mais a diante).

O Mercantilismo é uma política econômica do capitalismo comercial, que está estreitamente ligado ao processo de formação das Monarquias Nacionais europeias – dando origem ao Estado Moderno.  A Combinação do Absolutismo e do Mercantilismo formou o que historiadores chamam de Antigo Regime, o qual possui características próprias e que marcaram a época.

Antecedentes e Contexto do Absolutismo

Aliança do Rei e a Burguesia, que dei apoio econômico, contribuindo para a formação de um Exercito Nacional como instrumento de centralização dos poderes sendo empregado conta  os nobres que se recusavam a aceitar o poder real. Pouco a pouco, numerosos senhores foram submetidos, e o domínio real se expandiu.

Destacamos o Absolutismo em quatro países: Portugal, Espanha, França e Inglaterra – nos quais houve uma forte monarquia, os dois primeiros anteriormente e os últimos com um certo “atraso”, decorrente de Guerras e fatores internos.

Características Gerais do Absolutismo e suas Práticas

* Concentração de poderes na figura do Rei. O Estado era representado pela pessoa do Rei, isso fica claro na frase de um dos monarcas símbolo do Absolutismo Luís XIV (Rei Sol): “O Estado sou Eu.”

* Nobreza como um “parasita” do Estado, pois o rei para não entrar em conflito com o nobres, os financia e sustenta. Um bom exemplo, ainda com LuísXIV, foi a construção do Palácio de Versalhes na França – servia de moradia a milhares de nobres.

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* Utilização da Religião como instrumento do Estado, para fortalecer e justificar seus poderes.

* Como prática econômica o Mecantilismo, que poderia ter variações resultantes das condições históricas do país (desenvolvimento do capitalismo comercial e da Burguesia Mercantil, forma de evolução do poder do Estado, recursos agrícolas e industriais). Em geral, o Mercantilismo se baseava em:

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– Metalismo – acumulação de ouro e metais preciosos;

– Balança Comercial Favorável – procurava-se manter o número de exportações maior do que o de importações, garantindo o enriquecimento do país, sendo um “termômetro” do desenvolvimento do país;

– Protecionismo – intervenção do Estado no mercado para favorecer a balança comercial – podia se manifesto de diversas formas inclusive a militar;

– Monopólio e Sistema Colonial – monopoliza a compra e revenda de produtos coloniais, em síntese o Pacto Colonial (relação Metrópole e colônia).

Veja o Quadro Resumo das Características do Antigo Regime:

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Teóricos do Absolutismo e suas Obras:

* Thomas Hobbes – escritor de “O Leviatã” cuja ideia central é de que para manter o poder o Rei e o exército devem ser temidos pelo povo.

* Jacques Bossuet – desenvolveu a “Teoria do Direito Divino dos Reis” a qual justificava que o poder dos monarcas era dado por Deus e portanto incontestável.

* Nicolau Maquiavel – autor de “O Príncipe” que é interpretado pela frase (que não foi escrita no livro mas é uma síntese deste): “Os fins justificam os meios”, ou seja, o governante poderia se usar de qualquer ato para preservar seu poder.

Informações sobre as Formas do Absolutismo na França e Inglaterra:

* Sofrem um atraso por dois motivos basicamente: a Guerra dos 100 anos, que envolveu os dois países, além de Guerras Civis – na França foi a Guerra de Religião (Papistas – Católicos X Hugenotes – Calvinistas), já na Inglaterra a Guerra das duas Rosas (entre famílias).

* Destacam-se do Absolutismo Francês a Dinastia Bourbon, com reis como Luís XIV, o Rei  Sol, que vivenciou o auge desse governo e contribuiu para sua decadência e endividamento.

* Já no Absolutismo Inglês destacamos a Dinastia Tudor, com reis como Henrique VII e rainha Elizabeth I, e a Dinastia Stuart. O Absolutismo, propriamente dito, nunca aconteceu na Inglaterra, pois há a presença de um Parlamento, consolidado pela Revolução Gloriosa (1688), quando Guilherme Orange assina a uma constituição que limita os poderes do rei “Bill of Rights”. Foi criado assim o Parlamentarismo Monárquico.

Conclusão – História

O absolutismo é marcado pela necessidade do fortalecimento do poder dos Estados de modo que lhes permitisse concorrer com outros países. Resulta dos interesses da Burguesia, porém o rei também se aproxima da Nobreza numa forma de manter o equilíbrio entre as classes.

A França conheceu a forma mais forte do poder absoluto no século XVII, o poder real não conhecia limites. Já na Inglaterra, no século XVI houve o estabelecimento do Absolutismo, porém o poder continuava com o Parlamento, que representava a nação.

 

Fonte:http://professormontemor.blogspot.com.br/2012/06/formacao-das-monarquias-europeias-texto.html

 

 

Oitavo ano: Avaliação Bimestral

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Caros e caras, segue resumo dos conteúdos da avaliação bimestral (2013)

No século XVIII na Europa, em “resposta” ao Absolutismo, surgiu um movimento cultural, intelectual, político, econômico, social e filosófico, chamado de Iluminismo. Este movimento defendia a educação (queriam escolas para o povo) e a liberdade religiosa, por exemplo. Acreditavam que o uso da razão era o melhor (e único) caminho para se alcançar a liberdade, a autonomia e a emancipação, que não existiam na época do absolutismo, já que ele possuía algumas características das estruturas feudais.

Características do Iluminismo

  • As ideias do iluminismo eram inicialmente disseminadas por filósofos e economistas, que se diziam propagadores da luz e do conhecimento, por isso foram chamados de iluministas.
  • Eles valorizavam a razão  acima de tudo, julgavam o mais importante instrumento para conseguirem alcançar o conhecimento.
  • Estimulavam o questionamento, a investigação e a experiência como forma de conhecimento da natureza, sociedade, política, economia e o ser humano.
  • Eram totalmente contra o absolutismo e suas características ultrapassadas. Criticavam, além dele, o mercantilismo, os privilégios da nobreza e do clero, e a Igreja Católica e seus métodos (a crença em Deus não era criticada).
  • Defendia a liberdade na política, na economia e na escolha religiosa. Também queriam a igualdade de todos perante a lei.
  • Partindo da ideia da educação para todos, idealizaram e concretizaram a ideia da Enciclopédia (que foi impressa entre 1751 e 1780), uma obra com 35 volumes, contendo – em resumo – todo o conhecimento que existia até então.
  • As ideias iluministas eram liberais e logo conquistaram a população, intimidando alguns reis absolutistas que, com medo de perderem o governo, passaram a aceitar algumas ideias do movimento. Esses eram chamados Déspotas Esclarecidos (tentavam conciliar o iluminismo com o absolutismo).

Principais pensadores iluministas

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Síntese:

1. Busca de um cristianismo sem dogmas, sem revelação divina, sem mistérios e, sobretudo, sem milagres.

2. Inviolabilidade das leis da natureza: exclusão de qualquer intervenção sobrenatural (a natureza é movida por uma regularidade pontual e racional).

3. A razão como supremo critério de valor e de análise do real (o direito e as instituições não devem mais seguir preceitos supostamente divinos, mas humanos e racionais).

4. Liberalismo filosófico e religioso (que prepara o liberalismo econômico).

5. Otimismo: crença no progresso e na capacidade de se aperfeiçoar do gênero humano e de suas instituições.

6. França como centro de irradiação do Iluminismo para toda a Europa (obras de Voltaire, Diderot, etc.)

7. Despotismo esclarecido: monarcas absolutos realizaram reformas profundas, inspirados pelo Iluminismo: tolerância religiosa, limitação ou abolição dos privilégios do feudalismo, modernização do processo penal e outras reformas administrativas.

O Iluminismo inspirou revoluções e processos de independência em vários países; e influenciou parte da filosofia posterior, como o hegelianismo. As idéias iluministas também se encontram na base das reformas democráticas ocorridas no século 19 e no ideal socialista.

Independência dos Estados Unidos

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Antes: a colonização

O processo de independência dos Estados Unidos começa bem antes, durante a época da colonização daquele território, no século XVII. A Inglaterra foi a responsável pela colonização e manteve os Estados Unidos formados por treze colônias, que foram divididas e colonizadas de duas formas:

  • Colônias do Norte: colonizadas por protestantes europeus fugitivos de perseguições religiosas. Foi chamada de Nova Inglaterra e era uma colônia de povoamento (mão-de-obra livre, economia baseada no comércio, pequenas propriedades e produção para o mercado interno).
  • Colônias do Sul: colonizadas apenas por ingleses e deveriam seguir o Pacto Colonial, eram uma colônia de exploração (latifúndio, mão-de-obra escrava, produção para exportação e monocultura).

 

Entre os anos de 1756 e 1763 ocorreu a chamada Guerra dos 7 Anos, onde a Inglaterra e a França lutaram pela posse dos territórios da América do Norte e a Inglaterra venceu. Mas as consequências do território devastado pelas batalhas caíram sobre os colonos que o habitavam, principalmente os que moravam no norte: os colonos que ajudaram na guerra, reivindicaram algo em troca por terem arriscado suas vidas e as de suas famílias, contudo, a Inglaterra não só os ignorou como aumentou os impostos para se recuperarem mais rápido da guerra, já que o território havia sido afetado. E também criou novas leis que tiravam a liberdade dos norte-americanos, cheias de restrições que desagradaram os colonos.

Durante

Em 1774, os colonos fizeram um congresso (Primeiro Congresso da Filadélfia) em resposta ao que os ingleses estavam fazendo, queriam o fim das leis e medidas restritivas. Mas o rei inglês George III não só recusou as propostas do congresso, como adotou ainda mais medidas controladoras.

Já o Segundo Congresso da Filadélfia, que ocorreu em 1776, tinha como objetivo maior a independência dos Estados Unidos, que já não aguentava a repressão da Inglaterra. Foi durante este congresso que o famoso Thomas Jefferson escreveu a Declaração de Independência dos Estados Unidos da América. Mais uma vez, a Inglaterra não aceitou aquilo, só que os colonos continuaram com seus objetivos e declararam independência (no famoso 4 de julho), o que resultou na chamada Guerra da Independência das Treze Colônias. Os Estados Unidos, apoiados pela França (inimiga da Inglaterra) e Espanha, venceram essa guerra, que ocorreu entre 1776 e 1783.

Depois da independência dos Estados Unidos

  • Os Estados Unidos e sua independência tiveram um grande significado político, pois conseguiram dar origem à primeira nação livre daquele continente.
  • Em 1783, os Estados Unidos tiveram sua independência reconhecida pela Inglaterra.
  • Eles adotaram um sistema político republicano e federalista.
  • A Constituição dos Estados Unidos ficou pronta em 1787. Ela possuía fortes características do Iluminismo. Nela, garantia-se a propriedade privada (para o interesse da burguesia), estava mantida a escravidão e defendia-se os direitos e garantias individuais do cidadão estadunidense.

 

 

Fonte: http://www.estudopratico.com.br/independencia-dos-estados-unidos-resumo/#ixzz2WcN0jHxa

Fonte: http://www.estudopratico.com.br/o-iluminismo-resumo-sobre-as-caracteristicas-e-pensadores/#ixzz2WcJo4sBA

Alienação e Revolução Industrial

Ao longo do tempo, vários historiadores e linguistas percebem que a apropriação e a disseminação de certas palavras promovem um indeterminado processo de reinterpretação do conceito que um dia esteve por detrás delas. Hoje em dia, por exemplo, vemos que muitas pessoas costumam evocar o termo “alienado” quando tentam dizer que alguém não consegue ter a capacidade intelectual de compreender uma determinada ideia.

Com isso, ao estudarmos o desenvolvimento da revolução industrial, acabamos tendo a errônea impressão de que o conceito de “alienação da classe trabalhadora” é o mesmo que falar sobre a “burrice do operariado”. No entanto, esse conceito trabalhado nas obras de Karl Marx possui uma sensível diferença de sua utilização atual. Ao falar sobre alienação, o pensamento marxista faz referência a toda situação em que uma potencialidade humana é tomada por outra entidade.

Dessa forma, ao tematizar a alienação do trabalhador com o advento da Revolução Industrial, Marx queria estabelecer um quadro onde demonstrava a perda de uma determinada habilidade por parte da classe trabalhadora. Com isso surge a pergunta: “que habilidade é essa que os operários perderam a partir do momento em que as indústrias apareceram no mundo?”

 

 

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Para responder essa pergunta, devemos primeiramente nos voltar para o surgimento dos artesãos na Idade Média. Nesse período, o artesão tinha acesso às técnicas e matérias-primas necessárias para a fabricação de um produto manufaturado. Além disso, dominava todo o conhecimento técnico requerido para a criação do mesmo. Dessa maneira, sabia os custos e todo o tempo que seria gasto para a fabricação de um determinado produto.

Contudo, com a expansão da economia mercantil, esse artesão iria gradativamente perdendo a noção desse valor no momento em que passaria ser necessária uma grande quantia de dinheiro para aquisição de uma máquina ou de uma determinada matéria-prima. Nesse novo quadro, o artesão deixa de ganhar uma compensação proporcional à sua capacidade produtiva para trocar sua força de trabalho por um salário negociado junto ao detentor da matéria-prima e das máquinas.

Já nesse momento, o trabalhador fabril deixava de perceber a discrepância existente entre sua capacidade produtiva e o salário que recebia. Com desenvolvimento das indústrias e a especialização do trabalho, o operário passava a executar uma única e repetitiva tarefa diária. Dessa forma, não teria mais condições de precisar quantos produtos foram criados pelo uso de sua mão de obra.

Foi nesse momento em que a alienação do trabalhador se materializava. Dessa maneira, muitos trabalhadores passaram a acreditar que a compensação salarial recebida todo mês era justa em relação à “simples tarefa” que desempenhava diariamente. Contudo, é o desconhecimento do valor da riqueza por ele gerada que o faz tomar essa premissa como um fato verdadeiro.